Imprudência e distração estão entre as principais causas da situação, que pode resultar em lesões com sequelas graves, alerta Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico

O convívio entre pedestres e motoristas deveria ser harmônico, mas nem sempre é. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2023, o SUS (Sistema Único de Saúde) contabilizou 39.110 internações por atropelamento, média de 107 registros por dia. Comparado à 2022, houve aumento de 7% nas hospitalizações. Naquele ano, foram registradas 36.609 internações.

Atropelamentos, geralmente, resultam em politraumatismo, caracterizado por múltiplas lesões causadas ao corpo por forças de natureza externa. “Os acidentes de trânsito são a principal causa de politraumatismos e, quando isso acontece, boa parte dos casos leva a óbito, em razão de hemorragias causadas por rupturas de grandes vasos ou lesões nos órgãos vitais ou por infecções generalizadas decorrentes dos traumas”, explica o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero.

O especialista lembra ainda que, quando a vítima sobrevive, há riscos de sequelas permanentes, em função da gravidade das lesões e que podem levar à série de limitações por toda a vida.

A imprudência – tanto de motoristas, como de pedestres – é um dos fatores que contribuem para o aumento de atropelamentos. “Não é incomum ver condutores trafegando em alta velocidade, passando no sinal vermelho, assim como pedestres que atravessam a rua fora da faixa de pedestre, se arriscam ao atravessar mesmo com o semáforo fechado para eles e, ainda, que não utilizam as passarelas construídas justamente para preservar a segurança”, ressalta Caiero.

Nas estradas, a travessia é ainda mais perigosa. A Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, fez um alerta no estado do Ceará, já que o atropelamento é o tipo de acidente com a maior incidência de mortes registrado pela PRF na localidade. Somente nos primeiros meses de 2024, já foram registrados 18 atropelamentos nas rodovias federais cearenses. Em 2023, foram 29 mortes registradas em 99 atropelamentos.

Distração

O presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico lembra que a distração, com o uso de celular, é outro ponto que leva à situação. “É corriqueiro ver motoristas dirigindo e mandando mensagem ao mesmo tempo e, em um piscar de olhos, um acidente pode acontecer. O mesmo com os pedestres. Com a cabeça baixa, olhar fixo na tela e, muitas vezes, com fones de ouvido, toda a atenção é desviada. A rua requer atenção, máxima e de todos”, salienta.

Primeiros socorros

Ao envolver-se ou presenciar um atropelamento, a primeira ação é ligar para o serviço de resgate (192) e sinalizar o local para evitar outros acidentes. “Trate toda e qualquer vítimade trânsito com a suspeita de ter sofrido uma lesão na coluna ou no pescoço e, por isso, não toque no acidentado sem conhecimento técnico e material adequado. Só uma pessoa especializada deve realizar o transporte da vítima para o hospital”, conclui.

 

Crédito da foto: Divulgação/Freepik

Legenda: Em 2023, o SUS contabilizou 39.110 internações por atropelamento, média de 107 registros por dia

 

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