Dados da a Fundação Internacional da Osteoporose (IOF–International Osteoporosis Foundation) apontam que a osteoporose afeta 200 milhões de pessoas no mundo, sendo 10 milhões somente no Brasil. A Fundação estima também que, em todo o planeta, a doença causa mais de 8,9 milhões de fraturas anualmente, média de um registro a cada 3 segundos.

A má saúde óssea é uma das principais causas de fratura no quadril, tida como uma severa questão de saúde pública global, já que de 25% a 30% das pessoas morrem dentro de um ano após esse tipo de ocorrência.  Pesquisadores de Hong Kong trouxeram informações alarmantes, com base em dados de pessoas com 50 anos ou mais que fraturaram o quadril entre 2005 e 2018, indicando que essas fraturas quase dobrarão no mundo até 2050, sendo a razão provável para esse crescimento o fato de que a população está aumentando e envelhecendo.

O presidente do Trauma Ortopédico, Vincenzo Giordano, alerta que a osteoporose é uma doença silenciosa e que acomete mais mulheres, por conta de fatores hormonais, acentuados durante a menopausa.

Segundo o especialista, por ser a osteoporose assintomática, o momento para começar a se atentar a questão é a partir dos 50 anos, quando a perda de massa muscular inicia, resultando em um decréscimo anual de 1% a 2% da massa, e de 1,5% da força. “Há, também, redução da densidade mineral óssea, que é a quantidade de ossos que o corpo humano tem. Fisiologicamente, essa perda também é natural ao envelhecer, o que leva à osteoporose”, pontua.

Em função da perda de massa óssea ser um processo natural do envelhecimento, a osteoporose não tem cura, mas é possível tratá-la. “Tem como tratar o problema para reduzir essa perda óssea, mas o melhor de tudo é prevenir”, ressalta o especialista. “O ideal é começar a prevenção desde cedo, porque o nosso máximo ‘estoque’ de massa óssea chega em torno dos 30 anos, então, quem tem uma vida com hábitos saudáveis, envolvendo prática de atividade física desde cedo, acaba começando essa perda de um ‘estoque’ mais alto de osso”, comenta. “Além dos exercícios físicos que são fundamentais em razão de a massa muscular ajudar muito na questão da massa óssea – e a musculação é uma das práticas mais indicadas, é importante também adotar uma alimentação adequada e tomar sol nos horários recomendados”, conclui.00