Mês de agosto é marcado pelo Dia da Infância; Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico alerta para perigos no ambiente doméstico
Acidentes domésticos são comuns e podem afetar pessoas de qualquer idade. No entanto, durante a infância, é necessário ainda mais cautela. De acordo com informações do DATASUS, de janeiro a maio de 2024, foram registrados 9.155 atendimentos hospitalares e 10.979 atendimentos ambulatoriais, envolvendo quedas de crianças de até 12 anos. Os números equivalem à média de 133 registros diários de acidentes domésticos, envolvendo crianças.
As quedas representam a maior parte dos acidentes domésticos. “Nos primeiros anos da infância, algumas características próprias do desenvolvimento podem influenciar as quedas. Por isso, é importante que as crianças sejam constantemente supervisionadas”, explica o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero. Outras causas comuns incluem afogamentos, queimaduras e intoxicações acidentais.
O especialista afirma ainda que as crianças são mais suscetíveis a lesões. “Em algumas circunstâncias, as quedas podem ser mais nocivas para as crianças, porque a pele, os órgãos e os ossos são mais frágeis e ainda estão em desenvolvimento. Por exemplo, o crânio, que ainda não está completamente formado, não é capaz de proteger o cérebro de lesões”, alerta o ortopedista.
A maioria das fraturas está relacionada aos membros superiores, como clavícula, punho, antebraço e cotovelo. “Caso os pais testemunhem o acidente, é necessário relatar a forma como a criança caiu ou foi atingida. Com essas informações, o atendimento será melhor direcionado”, diz Caeiro.
No mês de agosto, o dia 24 é marcado como Dia da Infância, criado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico alerta para os perigos e riscos de fraturas e lesões, por decorrência de quedas.
O que fazer em caso de quedas?
Em caso de batidas na cabeça, deve-se ficar alerta para alguns sintomas. “Em primeiro momento, acalme a criança e atente-se a sinais como vômitos, imobilidade em alguma parte do corpo, perda de consciência, dificuldade para andar, irritabilidade, perda de equilíbrio, olhos roxos, mudanças na respiração e sangramento no nariz ou ouvido. Se alguma dessas manifestações ocorrer, busque atendimento médico”, explicou o ortopedista.
“Já em relação às fraturas, a orientação é imobilizar a área afetada com gelo para amenizar a dor. Contudo, em casos graves, mantenha a criança na posição em que está e chame uma ambulância”, alerta.
Há alguns casos, em que o atendimento médico deve ser buscado imediatamente. “Quedas de bebês com menos de três meses; crianças com menos de dois anos em altura maior de um metro; crianças com mais de dois anos que tenham sofrido quedas de mais de um metro e meio; e quedas mais sérias, como a de escada”, conclui.
Crédito da foto: Divulgação/PEXELS
As quedas representam a maior parte dos acidentes domésticos com crianças
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