Segundo o Ministério da Saúde, mais de um terço dos traumas admitidos em prontos-socorros ocorre na faixa etária pediátrica, sendo de 14 a 20% na faixa de 0 a 9 anos de idade, de 9 a 10% na faixa de 10 a 14 anos e 8 a 9% na faixa de 15 a 19 anos. Cerca de 80% dos traumas são contusos, representados por acidentes automobilísticos, bicicletas e quedas.

Diferentemente dos adultos, as crianças necessitam recuperar-se dos efeitos do trauma e continuar seus processos de crescimento e desenvolvimento, e mesmo lesões pequenas podem levar a um período prolongado de incapacidade, às custas de reações de natureza emocional e orgânica. Em alguns casos há necessidade de cuidados especializados de longo prazo.

Ressaltamos que três tipos de traumas merecem atenção, como queda, afogamento, queimadura.

As quedas de altura causam lesões cranianas, fraturas de ossos longos e lesões do tronco, e sua gravidade está diretamente relacionada a magnitude do deslocamento cervical.

O afogamento é causa significativa de mortes e sequelas neurológicas em crianças menores de 4 anos de idade. Dados apontam que, para cada criança que morre devido a submersão, outras 6 são hospitalizadas e, aproximadamente, 20% terão sequelas neurológicas graves.
Cerca de 80% das mortes por queimaduras ocorrem em ambientes domésticos.

Algumas crianças têm dificuldade de perceber ou lidar com ambientes hostis, e a depender do local existem inúmeras formas de se machucarem, por isso, os pais e responsáveis precisam manter a atenção e tentar prever possíveis acidentes, pois é o caminho certo para protegê-las.