Paramedic placing a cervical collar to an injured woman from car accident

Utilizado na abordagem ao politraumatizado, o Protocolo XABCDE do Trauma padroniza o atendimento inicial ao paciente e foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo. O protocolo é aplicável a todas as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade.

A técnica significou uma mudança radical na abordagem ao politraumatizado e, em pouco tempo, passou a ser adotada por vários países, a partir de 1978. Em 2018, mais uma letra foi acrescentada ao protocolo: o X, referente à hemorragia exsanguinante ou hemorragia externa grave.

Os significados das letras são:

(X) Exsanguinação: a contenção de hemorragia externa grave deve ser feita antes mesmo do manejo das vias aérea;
(A) Vias aéreas e proteção da coluna vertebral: avaliação das vias aéreas e proteção da coluna cervical;
(B) Boa Ventilação e Respiração: análise da respiração, para verificar se está adequada e atenção para: frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória;
(C) Circulação com Controle de Hemorragias: a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a grandes hemorragias externas. Já o “C”, a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível;
(D) Disfunção Neurológica: análises do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, da presença de hérnia cerebral e dos sinais de lateralização, bem como do nível de lesão medular;
(E) Exposição Total do Paciente: análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia. O socorrista deve analisar, entre outros pontos, sinais de trauma, sangramento e manchas na pele.