Título original: Nonoperative Management of Displaced Olecranon Fractures in Low-Demand Elderly Patients

Autores: Andrew D. Duckworth, MSc, MRCSEd, Kate E. Bugler, MRCSEd, Nicholas D. Clement, MRCSEd, Charles M. Court-Brown, MD, FRCSEd(Orth), and Margaret M. McQueen, MD, FRCSEd(Orth)

Comentários: Dr. José Eduardo Grandi

  • Professor Assistente de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal do Espirito Santo e da Escola de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia, de Vitória (ES).
  • Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Chefe do Serviço de Traumato-Ortopedia do Vila Velha Hospital

 

Background: The aim of this study was to document both the short and the long-term outcomes following primary nonoperative management of isolated displaced fractures of the olecranon.

Methods: We identified, from our prospective trauma database, all patients who had been managed nonoperatively for a displaced olecranon fracture over a thirteen-year period. Inclusion criteria included all isolated fractures of the olecranon with >2-mm displacement of the articular surface. The primary short-term outcome measure was the Broberg and Morrey Elbow Score. The primary long-term outcome measure was the Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) score.

Results: There were forty-three patients with a mean age of seventy-six years (range, forty to ninety-eight years) in the study cohort. A low-energy fall from a standing height accounted for 84% of all injuries, and one or more comorbidities were documented in thirty-eight patients (88%). At a mean of four months (range, 1.5 to ten months) following injury, the mean Broberg and Morrey score was 83 points (range, 48 to 100 points), with 72% of the patients having an excellent or good short-term outcome. No patient underwent surgery for a symptomatic nonunion. At a mean of six years (range, two to fifteen years) postinjury, the mean DASH score was 2.9 points (range, 0 to 33.9 points) and the mean Oxford Elbow Score was 47 points (range, 42 to 48 points); 91% (twenty-one) of twenty-three patients available for follow-up expressed satisfaction with the result of the procedure.

Conclusions: We found satisfactory short-term and long-term outcomes following the nonoperative management of isolated displaced olecranon fractures in older, lower-demand patients.

Level of Evidence: Therapeutic Level IV. See Instructions for Authors for a complete description of levels of evidence.

 

Comentários:

As fraturas do olécrano no idoso são grandes desafios. Apesar de ser uma fratura primariamente de indicação de tratamento cirúrgico, devido à lesão do mecanismo extensor, no idoso, devido a presença de osteoporose, de comorbidades que dificultam a cicatrização e aumentam o indice de infecção, o tratamento cirurgico leva a resultados muitas vezes danosos ao paciente.

Esse artigo nos trás uma grande série de pacientes, 43 pacientes, entre 40 e 98 anos,  tratados de maneira não cirúrgica, que apresentavam Classificação Tipo 2 de Mayo, ou seja, com desvios maiores que 2 mm na superfície articular, com ou sem cominução , sem a presença de instabilidade/lesões ligamentares e  nos apresenta uma avaliação de seus resultados funcionais.

61 pacientes foram atendidos no Hospital entre dezembro de 1996 a janeiro de 2010, apresentando esse tipo de fratura isolada. Foram excluidos das avaliações 18 pacientes devido a morte, mudança de cidade, dados insuficientes ou terem se submetido posteriormente a cirurgia no olécrano.

Todos os paciente foram tratados de maneira conservadora com uso de tipóia, com mobilização ativa ou com um gesso acima do cotovelo que permitia mobilização do mesmo de 60 a 90 graus. Os pacientes também foram submentidos a sessões de fisioterapia quando indicados pelo ortopedista que os acompanhavam.

Os pacientes foram avaliados num sistema de curto prazo (média de 4 meses, 1,5 a 10meses) pelo “score de Broberg e Morrey”e a longo prazo (23 pacientes sobreviventes) pelo “score de DASH”.

A conclusão dos autores é que o tratamento consevador primário para esses pacientes de baixa demanda , é factível, pois o resultado da maioria, a longo prazo , através da avaliação do “Score de DASH”é bom ou excelente. A satisfação dos pacientes foi alta, a dor subjetiva foi mínima, e a necessidade de nova intervenção foi desprezível.

Esse trabalho faz com que pensemos muito antes de indicarmos um procedimento cirúrgico nas fraturas do olécrano, especialmente em pacientes de baixa demanda, comorbidades, com alto risco cirúrgico, pois muitas vezes as complicações decorrentes do tratamento cirúrgico podem ser mais incapacitantes do que o prórpio tratamento conservador em si.